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Polipropileno (PP)

O polipropileno é um termoplástico semicristalino, produzido através de polimerização do monômero propileno, usando um sistema catalítico esteospecífico formando cadeias moleculares longas. O termo estereospecífico do catalisador se refere à característica de controlar a posição do grupo metila na cadeia polimérica de forma ordenada. A maior parte do polipropileno comercial é do tipo ‘isotático’, estando as unidades de propileno com as cabeças orientadas para o mesmo lado. Na estrutura ‘sindiotático’, os grupos metila estão ordenados de forma alternada de um lado e de outro da cadeia molecular. A terceira estrutura é de ‘atático’, com distribuição aleatória dos grupos metila.

As propriedades físicas e as características de processamento do polipropileno são determinadas no processo de polimerização dentro do reator, mas, em alguns casos, podem sofrer modificações posteriores. Os principais parâmetros que podem ser modificados durante a polimerização são:

Peso molecular (número médio de unidades de propileno na cadeia)
Distribuição do peso molecular (variação no comprimento médio das cadeias)
Copolimerização com outros monômeros, principalmente o etileno.

Os homopolímeros são mais rígidos e mais resistentes a temperaturas elevadas do que os copolímeros, mas a sua resistência ao impacto é inferior, principalmente a temperaturas abaixo de zero grau Celsius (0 °C).
Ao contrário do polietileno, no qual as mudanças no grau de cristalinidade resultam em variações bastante grandes na densidade, o polipropileno apresenta poucas modificações de densidade em toda a sua variedade de homopolímeros e copolímeros. O valor típico da densidade do polipropileno é de 0,905 g/cm³.

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Polietileno (PE)

O polietileno é quimicamente o polímero mais simples. É representado pela cadeia: (CH2-CH2)n. Devido à sua alta produção mundial, é também o mais barato, sendo um dos tipos de plástico mais comum. É quimicamente inerte. Obtém-se pela polimerização do etileno de que deriva seu nome.

Este polímero pode ser produzido por diferentes reações de polimerização, como por exemplo a polimerização por radicais livres, polimerização aniônica, polimerização por coordenação de íons ou polimerização catiônica. Cada um destes mecanismos de reação produz um tipo diferente de polietileno.

É um polímero de cadeia linear não ramificada, embora as ramificações sejam comuns nos produtos comerciais. As cadeias de polietileno se rompem sob a temperatura de arrefecimento Tg em regiões amorfas e semi-cristalinas.

Através da polimerização do etileno é possível obter vários derivados, com diferentes propriedades. Como por exemplo o LDPE, HDPE e o LLDPE.

O LDPE (polietileno de baixa densidade), é um termoplástico semi-cristalino apresenta baixa densidade e uma estrutura ramificada, é muito utilizado em extrusão de filme tubular na produção de filme. Este apresenta características atractivas para a aplicação em filme, tais como: Baixo peso, baixo custo, flexível, resistência química e facilidade em soldar.

O HDPE (polietileno de alta densidade), é um termoplástico semi-cristalino (até 95%), apresenta alta densidade e a sua estrutura é linear. O HDPE tem um grau de cristalinidade superior ao LDPE devido ao facto de as cadeias poliméricas conseguirem empacotar-se e orientar-se mais facilmente. Como a cristalinidade do HDPE é superior ao do LDPE o ponto de fusão também é superior.

O LLDPE (polietileno linear de baixa densidade), apresenta ramificações curtas induzidas pelo tipo de comonômero incorporado e pouca ou nenhuma ramificação de cadeia longa. As suas propriedades e aplicações são idênticas á do LDPE.

Copolímeros de Etileno

Além da polimerização com alfa-olefinas, o etileno pode ser polimerizado através de um grande número de monômeros diferentes. Exemplos destes monômeros são o acetato de vinila, que resulta no copolímero de etileno-vinil acetato, ou EVA, cujo uso é comum em sandálias e tênis. Também podem ser obtida uma grande variedade de acrilatos.

Polietileno verde ou renovável

Obtido da cana-de-açúcar, ou seja da biomassa vegetal – matéria-prima renovável. O Brasil é o primeiro país a desenvolver o produto. Com investimentos da ordem de 300 milhões de dólares, a Braskem, oitava petroquímica mundial e primeira nas Américas, instalou em Triunfo no Rio Grande do Sul a primeira planta do mundo de produção de polietileno a partir de etanol. A planta tem capacidade de produzir 200 mil toneladas por ano de Polietileno Verde. Para a produção do Polietileno Verde são requeridas 460 milhões de litros de etanol de cana-de-açúcar, que são abastecidos na planta através de modais ferroviários e marítimos.

Poliestireno (PS)

É um homopolímero resultante da polimerização do monômero de estireno que, à temperatura ambiente, apresenta-se no estado sólido. Trata-se de uma resina do grupo dos termoplásticos, cuja característica reside na sua fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a ação do calor.

Existem quatro tipos básicos de poliestireno:

PS cristal:homopolímero amorfo, duro, com brilho e elevado índice de refração. Pode receber aditivos lubrificantes para facilitar processamento. Usado em artigos de baixo custo, notadamente peças descartáveis tais como copos.

PS resistente ao calor: maior P.M., o que torna seu processamento mais difícil. Variante ideal para confecção de peças de máquinas ou automóveis, gabinetes de rádios e TV, grades de ar condicionado, peças internas e externas de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, circuladores de ar, ventiladores e exaustores.

PS de alto impacto: contém de 5 a 10% de elastômero (borracha), que é incorporado através de mistura mecânica ou diretamente no processo de polimerização através de enxerto na cadeia polimérica. Obtém-se desse modo uma blenda. Muito usado na fabricação de utensílios domésticos (gavetas de geladeira) e brinquedos.

PS expandido: espuma semi-rígida com marca comercial Isopor®. O plástico é polimerizado na presença do agente expansor ou então o mesmo pode ser absorvido posteriormente. Durante o processamento do material aquecido ele se volatiliza, gerando as células no material. Baixa densidade e bom isolamento térmico. Aplicações: bandejas para embalagem de hortifruti, protetor de equipamentos, isolantes térmicos, pranchas para flutuação, geladeiras isotérmicas, etc.

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